sexta-feira, 3 de maio de 2013

Uma história real com final feliz

História de resgate da Dara:

Eu gosto de todos os cachorros, mas tenho uma adoração especial por cães de porte grande. Já tive Boxer, Rottweiller, Pitt Bull. Pode ser pela segurança que eles me transmitem, por serem imponentes, bonitões, valentões, enfim.
Estava à procura de uma cadela Pitt Bull (que foi a última que tive e sou apaixonada pela raça), mas não queria filhote, muito pequena, tinha medo que fugisse do pátio pelas grades. Então comecei a procurar nos sites, nas ONG’s, o que não é surpresa para ninguém, é que essa raça é muito difícil alguém querer adotar, até entendo e concordo, ainda mais um cão adulto, que não sabemos como foi sua criação. Encontrei duas cadelas Pitt para adoção, uma tinha fugido e a outra já tinha sido adotada, mas me informaram que teriam uma mistura de Pitt Bull e ou American Sttafordshire, recebi as fotos e a história dela e me encantei, não tinha como não, dizia o seguinte:
Resgatada da vila Cohab
Essa doce cadela pit foi resgatada na vila desocupada, próximo da Cohab Cavalhada, onde os "donos" abandonaram seus animais e foram embora.
A Dara foi uma das que ficou pra trás... ela é uma fofa, muito dócil, tranquila. Ela estava com a barriga "estourando", parecia prestes a parir. Internei ela na Pet... , mas a barriga sumiu! Ela não estava prenha, não sabem ainda o que tinha. Fez exames e está ótima de saúde agora. Precisa de dindos para a casa de passagem (100,00 mensais) e ser adotada!




Não me surpreendi muito pelo abandono, pois cães dessas raças não são maldosos, mas também não são para qualquer pessoa criar e educá-los. Me encantei com a cara dela de vira lata, e pensei: é essa, vou adotá-la, vou cuidar muito bem dela, pode deixar comigo, liguei e disse que queria. Combinei com as doadoras e elas a trouxeram até minha casa numa tarde chuvosa de sábado. Ela entrou no meu pátio, não deu bola pra mim, as doadoras me indagaram de tudo. Tive que me conter, do contrário elas não deixariam que eu ficasse com a cadela. Pôxa vida, sempre tive cães, desde criança, meus dois últimos cães foram um Rottweiller e uma Pitt, ambos morreram de velhos e nunca morderam ninguém, e ambos adestrados também, mas tudo bem, deixei elas me instruírem como se eu fosse leiga. Depois de quase 3 horas de conversa foram embora e eu pude conhecer melhor minha inquilina, ou melhor dizer, com quem eu dividiria a minha casa. Foi amor à primeira vista. Todos dizem que essa cadela é encantada por mim, está sempre muito atenta aos meus passos. Claro que ela também frequentou a escolinha para cães comigo. E todos me chamam de corajosa, por adotar um animal desse porte e já adulto, que eu não sabia o que ela tinha passado. Bom, ficou muito claro entre Dara e eu que não nos interessava mais o passado, que deve ter sido muito sofrido o que ela passou mas que agora ela tinha um lar, um pátio enorme só pra ela cuidar, correr, brincar, comer, aproveitar e uma dona. E ela demonstra com muita clareza que é grata ao resgate, toda vez que ela me olha e senta ou deita, fica de língua de fora como se estivesse sorrindo e agradecendo aos cuidados, ao bom lar, a comida e a água de todos os dias e os demais cuidados que devemos ter com os nossos pets.




Assim devemos tratar nossos pets, com respeito, cuidado, alimentá-los, vaciná-los, cuidar do pelo, da recreação e devemos estar cientes também de que eles não são humanos, são animais domesticados. Os cães vieram dos lobos, e lobos vivem em matilha, e matilha tem um líder, e em nossa residência ou NÓS somos o líder ou o cão é o nosso líder, cada um escolhe conforme seus conceitos, mas o importante é respeitar e não discriminar.


Exemplo concreto de que se os homens merecem uma segunda chance, porque os animais também não?
Como o ser humano é um ser racional (é o que dizem) e os animais são irracionais, porque então nossos pets demonstram gratidão, felicidade e cumplicidade?

Mi

2 comentários:

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  2. Eu conheci a Dara quando recém tinha sido adotada. Magra, pouco desconfiada, mas com aquela cara risonha de gratidão. Hoje ela pouco se parece com a do passado. Gorda, brincalhona, feliz e ainda com aquela cara risonha de gratidão!! Parabéns, Mi! Ações assim melhoram o mundo!!!!

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